o Cousa

Partilhar com todos os Fãs dos desportos motorizados, a experiência dos meus 30 anos por dentro do automobilismo de competição em On line, na minha cadeira de rodas.

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Tenho duas colaboradoras excelentes neste meu singelo BLOG. Uma é Fotógrafa minha esposa RL KIKAS A outra minha colaboradora a nível de TRATAMENTO DE IMAGENS é minha querida noiva SL Vivian Acosta Rivera As duas o muito obrigado

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

NACIONAL DE RALLYS 2007


Inicia na próxima sexta feira o Rally Torrié organizado uma vez mais pelo Targa Clube (Fernando Baptista e filha Eng. Berta Baptista) iniciando-se a 1º PEC Super Especial na Póvoa do Lanhoso e o centro nevrálgico do rally mais propriamente em Vieira do Minho. É assim o novo ano do Campeonato Nacional de Rallys:
Mais uma vez Portugal estará na linha da frente com a estreia da nova geração de carros instituída pela FIA. S 2000 (2 Toyotas Corollas semi oficiais da My Road Motosport para os jovens lobos António Rodrigues/Jorge Carvalho e o nove vezes campeão Madeirense Vítor Sá/Justino Reis); Fiat Punto assistido pela Opção 04 de Paulo Ferreira e pilotado pela dupla “sensação” Zé Pedro Fontes/Fana; e o Peugeot 207 para os campeões do ano passado (S 1600) Bruno Magalhães/Paulo Grave. Todos estes carros oficiais.
Para os menos familiarizados com estes novos carros passo a enumerar a sua ficha técnica:
Carros com motores até dois litros aspirado (sem Turbo) com cerca de 280 cavalos às 8.500 rpm com um peso mínimo de 1100kg para asfalto e 1150kg para terra, tracção Integral obrigatória a todos os carros da marca Sadev com três diferenciais, autoblocante e caixas de seis velocidades sequenciais, ou seja, tudo para a frente ou tudo para trás e com uma relação peso potencias muito favorável, logo muito competitivos face aos carros de Produção. Estes por sua vez constituídos pelos Subaru Impreza e Mitsubishi Lancer EVO IX com motores 2 litros com cerca de 320 cavalos sobrealimentados e Tracção Integral com três diferenciais electrónicos, mas com um handicap de serem mais pesados, logo o peso potencia é menos favorável a estes como é obvio, contudo com um binário superior aos S 2000
Mas não quero dizer que com estas especificações estes carros não sejam favoritos à vitória, pois são fiáveis e podem fazer a diferença para os S 2000 que são muito jovens, menos fiáveis e performances principalmente no asfalto, mas com um grau de desenvolvimento muito superior a estes (Produção).
Um campeonato em grande expectativa, assim os S2000 tenham a necessária fiabilidade e antevejo, um alto grau de competitividade com lutas de milésimo de segundo até ao final.
Elevada indefinição nesta primeira prova do ano entre as marcas envolvidas neste campeonato.
Não percam este Rally e que vença o melhor.

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

CONTENTE FERNANDES

Piloto dos primórdios do motociclismo em Portugal


Contente Fernandes nascido a 18 de Maio de 1953, casado com Guida tem dois filhos, o João nascido a 7 de Março 1977 e Maria nascida a 14 Abril 1982.
Piloto de coragem, tenacidade, persistência e competitividade correu mais de dez anos.
Foi campeão três anos, no nacional de velocidade motos (anos áureos da nossa velocidade em Portugal com todas as dificuldades daí inerentes à expansão da modalidade).
Tudo começou quando um amigo da Amadora o convida a ver uma corrida na qual participa com a Suzuki 250cc de série e vence a prova.
Fernandes ficou entusiasmado e com o bichinho a morder-lhe (decorria o ano de 1972) então com 19 anos, estudante no 5º ano de liceu, Contentes sentiu que não eram os estudos que o fascinava mas sim as motos de competição.
Inicia-se nas lides com uma Suzuki 200, normalíssima, emprestada pelo cunhado, que estava na garagem estampada, alcançando um terceiro lugar no Estoril. Nesse mesmo ano correu com uma Saches 50 cc ficando em 6º lugar, também esteve para correr numa Triumph 650cc mas não tinha dinheiro para a ir buscar ao mecânico.
No ano 1973 o seu futuro sogro adquiriu uma Yamaha TD-3 250cc com a qual venceu a sua primeira corrida no Autódromo, ficando em quarto lugar numa prova internacional nesta mesma pista e vence a classe. Em Setembro desse mesmo ano estreia-se internacionalmente em Jarama pelo Team F. Caneças. Nessa prova seguia em nono quando caiu devido a ter montado um pneu traseiro usado ao contrário e na frente um pneu mais estreito.
No ano 1974 não houve corridas devido à crise energética, em 75 ganha só uma prova devido a pouca assiduidade. Em 76 a Yamaha recebe uma nova suspensão traseira do tipo “cantilever” realizada por Nuno André e fica em segundo lugar atrás do mesmo em Vila do Conde.
Em 77 foi campeão com a Yamaha 350 TZ na MOTOMODA (o primeiro campeonato de motociclismo realizado em Portugal) tendo vencido duas provas em Vila do Conde na ultima volta na curva do Castelo ao ultrapassar Nuno André na primeira corrida e na segunda corrida no mesmo sitio fez o mesmo a Manuel de Almeida.
Autódromo, vence também na última volta depois de ter estudado várias vezes o seu adversário ao ultrapassar no final da Parabólica António Teixeira.
Correndo ainda com um Kreidler 50cc. Participou em Jarama com a 250cc alcançando um meritório 6º lugar.
Segue-se um jejum de dois anos e volta em 80 participando somente em três corridas.
Nos dois próximos anos o titulo veio-lhe parar às mãos integrado no Team J. Pimenta com a Bimota Yamaha 350cc (uma das melhores equipes daqueles tempos) tendo vencido no primeiro ano 81 a rampa do Caramulo e Vila Real, sendo ainda, 7º na Internacional.
Circuito da Costa Verde consagra-se campeão nacional, com mais duas vitórias no Estoril.
Ano 1982 finaliza a sua carreira com mais um título de Campeão em 350cc na Bimota J. Pimenta com vitórias no Estoril (duas) e em Vila Real é 14º na Formula1 com a Bol d´Or. Ainda em 82 vence no Estoril em Super Produção Honda 1100R. Corre em Jarama e é 17º em 500cc.
Adversários que o mais marcaram ao longo da sua extensa carreira, Carlos Marques, Nuno André, Hermano Sobral, Manuel Santos, João Farinha, António Casquilho e António Teixeira.
Contentes Fernandes foi um exemplo de piloto para todos nós e se corre-se nos tempos actuais seria sem sombra de dúvidas um caso raro de sucesso em Portugal e além fronteiras.
Um bem-haja amigo Fernandes esteja onde estiveres amigo Salvador